Os homens suspeitos de envolvimento na morte do policial militar José
Bonfim Lima, ocorrida em novembro deste ano, foram presos nesta
terça-feira (26) na cidade de Castanhal, no estado do Pará. A informação
é da Polícia Civil da Bahia que atuou em conjunto com a polícia
paraense para prender os suspeitos.
O crime ocorreu no dia 2 de novembro, na cidade de Jeremoabo, no norte
da Bahia, após uma briga em um bar da cidade. Na ocasião, outros dois
homens morreram.
Os suspeitos no Pará presos foram achados em um imóvel do bairro Saudade
II, em Castanhal. Com eles, os policiais encontraram duas armas de fogo
e cerca de R$ 28 mil em espécie.
Jelson da Silva, o "Gelson Cigano", os filhos dele, Bruno Jordão Matos
da Silva e Rogério Matos da Silva, além de Cosme de Jesus Silva e Carlos
Daniel dos Santos Lima, estavam com mandados de prisão temporária
expedidos pela Justiça e eram considerados foragidos.
Com o apoio da Superintendência de Inteligência da Secretaria da
Segurança Pública (SSP-BA), as primeiras informações indicavam que o
grupo estaria na cidade de Cascavel, no Ceará. A Polícia Civil do Ceará
se integrou às investigações e, quando estavam próximo de localizá-los, o
grupo, há cerca de 20 dias, deixou o Ceará em rumo a Castanhal.
Além de cumprir os mandados, a polícia do Pará autuou os cinco em
flagrante por associação criminosa, posse ilegal de arma de fogo e uso
de documento falso. Eles aguardam transferência para a Bahia.
Caso - De acordo com as investigações, o PM José Bonfim Lima
brigou no bar com os filhos de Jelson, mas o pai dos rapazes não estava
no estabelecimento. Houve luta corporal e um dos homens tomou a arma do
policial, fugindo em seguida. Portando uma segunda arma, José foi à casa
de Jelson e dos filhos. No local, houve uma troca de tiros, que
resultou na morte do soldado.
O inquérito instaurado para investigar a morte do PM apura também os
assassinatos de Lwillys Messias da Silva e Donizete Alves da Silva. Um
deles morreu durante confronto com o PM e o outro em confronto com a
Polícia Militar, quando a guarnição iniciou as buscas após a morte de
José Bonfim.
O PM que foi morto estava na corporação há 14 anos e deixou esposa e um
filho. O sepultamento dele ocorreu no dia 4 de novembro, no Cemitério
São João Batista, em Jeremoabo.